Descrição
A psicanálise tem se servido da literatura para fazer avançar suas posições acerca do sujeito do inconsciente. Por diversas ocasiões, Freud tomou palavras da literatura e da arte para conceituar o ser falante. Lacan serviu-se mais de outras disciplinas, como a lingüística, a antropologia, a lógica, entre outras, do que propriamente da literatura. Neste artigo, o autor pretende refletir sobre um conceito importante na psicanálise lacaniana tomando como ponto de partida a teorização acerca do lugar do autor na produção da obra literária. A questão colocada é a de uma possível homologia entre o desejo do analista, tomado como uma função que opera na análise, e a função nome de autor, como um dispositivo que ‘instaura discursividade’.