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Ofélia and Pessoa: Two Pretenders||Ofélia e pessoa: dois fingidores
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Metadados
Descrição
The objective of this work is to analyze the correspondence exchanged between Ofélia Queiroz and Fernando Pessoa. As we know, these are issues already vastly addressed by critics, who, in general, point out a dissimilar relationship between the experienced poet, who already was a big name in Portuguese Modernism, and the romantic young woman, dreamy and eager to get married. In this sense, Ofélia’s image would be crystallized in the idea of a childish girl, accustomed to diminutives, as ridiculous as the loving nicknames created to spice up the epistolary relationship. Eduardo Lourenço (2013), for example, sees in the correspondence between the “young bourgeoisie” and the “emulus of Lautréamont” a dialogue between the poet “with another being who loved him without literature”. Leila Perrone Moisés (2000, p. 177), in another valuable article about this epistolary dialogue, states: “Ofélia died single in 1991 [...]. She always remained faithful, not only to her boyfriend, but to his demands in terms of discretion”. Taking the texts of these two great critics as a starting point, we will seek to read Ofélia letters taking into account her disposition towards love and literary play, which, according to our perspective, makes her as much a protagonist as the writer of Maritime ode.||O objetivo do presente trabalho é analisar a correspondência trocada entre Ofélia Queiroz e Fernando Pessoa. Como se sabe, estas são terras já bastante pisadas pela crítica, que, em geral, aponta uma relação dessemelhante entre o poeta experiente, já grande nome do Modernismo Português, e a jovem romântica, sonhadora e ansiosa por se casar. Nesse sentido, a imagem de Ofélia ficaria cristalizada na ideia de moça pueril, afeita aos diminutivos, tão ridículos quanto os apelidos amorosos criados para apimentar a relação epistolar. Eduardo Lourenço (2013), por exemplo, vê na correspondência travada pela “jovem burguesinha” e pelo “êmulo de Lautréamont” um diálogo entre o poeta “com outro ser que o amou sem literatura”. Leila Perrone Moisés (2000, p. 177), em outro artigo valioso sobre este diálogo epistolar, afirma: “Ofélia morreu solteira em 1991 [...]. Manteve-se sempre fiel, não apenas ao namorado, mas às exigências deste em matéria de discrição”. Tomando como ponto de partida os textos destes dois grandes críticos, buscaremos fazer uma leitura das cartas de Ofélia levando em consideração a sua disposição para o jogo amoroso e literário, o que, segundo a nossa perspectiva, a torna tão protagonista quanto o escritor de Ode marítima.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Maciel da Silva, Telma
Data
6 de março de 2024
Formato
Identificador
https://periodicos.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/18743 | 10.58943/irl.v1i57.18743
Idioma
Direitos autorais
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Fonte
ITINERÁRIOS – Revue de Littérature; No 57 (2023): AFETOS, DIÁLOGOS E RESILIÊNCIAS: A literatura portuguesa e as literaturas de língua portuguesa no mundo pós-pandemia | ITINERÁRIOS – Revista de Literatura; n. 57 (2023): AFETOS, DIÁLOGOS E RESILIÊNCIAS: A literatura portuguesa e as literaturas de língua portuguesa no mundo pós-pandemia | 0103-815X | 10.58943/irl.v1i57
Assuntos
Ofélia Queiroz | Fernando Pessoa | Correspondência | Ofélia Queirós | Fernando Pessoa | Correspondence
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion