Descrição
Neste ensaio, focalizaremos as descrições da fauna e flora submarinas de Vinte mil léguas submarinas (1871), romance de Jules Verne, explorando ora os “aquários”, ora os “jardins submersos” vistos a partir do submarino Nautilus. Mostraremos como se dá a exposição científica e o diálogo didático através do amálgama discursivo entre a ciência e a literatura, no romance. Trataremos igualmente do caráter paratópico do personagem Nemo. Os eixos teóricos privilegiados para sustentar nossa leitura serão aqueles desenvolvidos por Philippe Hamon e Dominique Maingueneau, a saber, a poética do descritivo e a abordagem discursiva das obras literárias.