Descrição
A partir da leitura crítica do Grupo Modernidade/Colonialidade que a princípio buscava pensar o advento da modernidade a partir da América Latina e que iniciou a discussão acerca das dimensões da colonialidade do poder, do ser e do saber (MIGNOLO, GROSFOGUEL, MALDONADO-TORRES, QUIJANO), a proposta do trabalho é relacionar a reprodução de uma matriz colonial de poder com os processos de urbanização, intervenção e ocupação dos espaços públicos urbanos no Brasil. Dessa forma, o texto busca discutir em bases gerais a proposta decolonial apontada pelo grupo latino americano e suas relações com a hierarquização das cidades na lógica do sistema-mundo moderno/colonial, com os modelos de planejamento urbano e com os modos de ocupar e de se apropriar os espaços públicos no Brasil. Portanto, a proposta aqui é apontar um caminho para uma atitude decolonial para o urbanismo e para a pesquisa sobre os espaços urbanos brasileiros.||Starting from a critical review of the Modernity/Coloniality Group, which at first sought to think of the modernity from a Latin American perspective and which introduced a discussion about the dimensions of the coloniality of power, being and knowledge (MIGNOLO, GROSFOGUEL, MALDONADO-TORRES, QUIJANO), this article aims to relate the reproduction of the colonial form of power with the processes of urbanization, intervention and occupation of urban public spaces in Brazil. Thus, the goal here is to discuss the Latin American Group’s decolonial proposal and its relations with the hierarchy of cities in the logic of the modern / colonial world-system, with the models of urban planning and with the ways of occupying and adapting Brazilian public spaces. Therefore, this text suggests a path towards a decolonial attitude in urbanism and research on urban spaces in Brazil.