Descrição
É uma pesquisa de Artes Visuais que busca mostrar e refletir sobre o processo gráfico visual de construção de matrizes eletrônicas com base na obra de experimentação tecnológica para a elaboração de digigravuras na Amazônia. Parte-se da concepção da criação de gravuras digitais (feita no computador), cuja referência remete-se aos procedimentos da gravura histórica. O Experimental, a heurística e o conhecimento teórico sobre gravura e a poética do fazer arte reúnem-se na metodologia, tomando como central a reflexão estética em Benjamin (1994) e Schiller (2002). O desafio é conseguir uma imagem característica para designar no computador uma matriz virtual com possibilidades de produzir cópias do original. A digigravura, então, passa a ser a técnica mais emancipada e desenvolvida das artes gráficas, por que se encontra num sistema em que é permitido o confronto e o rompimento com a sacralização da obra ritual. Resultando em uma visualidade mediante os modos de exibição da gravura eletrônica na contemporaneidade: a imagem da arte reproduzida significa que é a reprodução de uma imagem de arte criada para ser reproduzida. Não basta ter a imagem na tela do computador, isso não é suficiente para verificar a qualidade da reprodução da matriz visual. É preciso, portanto, materializar o trabalho, pois a ligação entre o artista e a obra desmaterializada é a cópia, uma prova (PE e PA) com o auxílio da impressora eletrônica, codificada em um sistema de cor e/ou um anteparo para ser exibida.
