Descrição
Até 1980, o desenvolvimento, nos países da semiperiferia do capitalismo, consistia em uma estrada aberta. Bastava seguir em frente, “tocar o barco”, como se dizia na época. A gestão sistêmica do capitalismo, no entanto, após o colapso das regras acordadas em Breton Woods, depois de dois choques de preços do petróleo e de uma inusitada combinação de recessão e inflação, foi submetida a profundas modificações. Nas novas modalidades de acumulação do capital, ensaiadas a partir de então, o desenvolvimento parece não ter lugar. A equiparação entre as forças produtivas dos países centrais e da semiperiferia passou de hipótese provável à esperança remota. De repente, o futuro deixou de estar ao alcance. Com isso, o desenvolvimento tornou-se o nó econômico, político e social desses países. Nessa conjuntura mundial, haveria ainda espaço para o desenvolvimento da semiperiferia do capitalismo? Brasil, México, África do Sul, Índia e China: Diálogo entre os que chegaram depois busca uma resposta a essa questão, confrontando a experiência desses cinco países-baleias. Seu ponto de partida é a percepção de que o movimento sistêmico, por si só, não converge forças para o desenvolvimento, como outrora. Nesses últimos anos, cada vez mais, consegue desenvolver-se apenas quem dispõe de uma estratégia adequada e eficaz. (Continua...)