Descrição
Este artigo contém dados parciais de uma pesquisa de mestrado em Educação que foi concluída no ano de 2011, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O objetivo fundamental foi verificar quais seriam as implicações da docilização e da interdição do corpo sobre a construção de uma pedagogia libertadora e sobre a educação do educador. Para alcançar esse objetivo, realizamos uma pesquisa bibliográfica e utilizamos como metodologia de pesquisa a hermenêutica. A análise interpretativa dos dados em questão se baseia nos argumentos teóricos de Paulo Freire, que aborda o fenômeno da violência da interdição do corpo na sociedade brasileira. Para tanto, colocamos em relevo a categoria de interdição do corpo, do autor, ao contemplar os conceitos de mutismo, domesticação, educação bancária, educação opressora, na medida em que o indivíduo deixa de ser homem-sujeito para ser homem-objeto. Portanto, essa pesquisa conduz à conclusão que a interdição dos corpos que começou com os jesuítas, deixou uma herança que repercute até os dias de hoje no interior das escolas.