Descrição
This paper aims to revisit the ideal of perpetual peace proposed by Immanuel Kant (1724-1804) in light of the theses presented by Jürgen Habermas (1929) in “Kant’s Ideia of Perpetual Peace – with the Benefit of 200 Years’ Hindsight” (1995). It explores the transition in Kantian thought from a strong cosmopolitanism to a more lenient approach, centered on international law. The proposals of Habermas to reformulate the United Nations (UN) are analyzed, emphasizing the need for binding norms and a global constitution. This interdisciplinary research between philosophy and law also highlights contemporary challenges in maintaining state sovereignty in the face of globalization. The dialogue among philosophers Kant and Habermas and jurist Herbert Hart (1907-1992) reveals divergent perspectives on the construction of effective international law. In conclusion, the urgency of collaboration between philosophers and jurists is emphasized in the search for alternatives that promote peace and safeguard state sovereignty, underscoring the continued relevance of the Kantian theoretical framework in addressing contemporary challenges in the pursuit of a project for perpetual peace.||Este artigo busca revisitar o ideal de paz perpétua proposto por Immanuel Kant (1724-1804) à luz das teses apresentadas por Jürgen Habermas (1929) em A ideia kantiana de paz perpétua – à distância histórica de 200 anos (1995). Explora-se a transição no pensamento kantiano de um cosmopolitismo forte para uma abordagem mais branda, centrada no direito internacional. Analisam-se as propostas de Habermas para reformular a Organização das Nações Unidas (ONU), destacando a necessidade de normas vinculantes e uma constituição global. Essa pesquisa interdisciplinar entre filosofia e direito destaca também as dificuldades contemporâneas na manutenção da soberania dos Estados frente à globalização. O diálogo entre os filósofos Kant e Habermas e o jurista Herbert Hart (1907-1992) revela perspectivas divergentes sobre a construção de um direito internacional eficaz. Em conclusão, ressalta-se a urgência de colaboração entre filósofos e juristas na busca por alternativas que promovam a paz e resguardem a soberania estatal, destacando também a relevância contínua do referencial teórico kantiano para enfrentar desafios contemporâneos na busca por um projeto de paz perpétua.
