Descrição
O planejamento familiar é um direito reprodutivo e sua efetivação possui interface com aspetos culturais, morais e envolve relações de gênero. Contudo o planejamento familiar encontra obstáculos a sua efetivação enquanto direito, o que suscitou o interesse de problematizar os fatores que permanecem como impeditivos a sua efetivação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja análise de dados foi realizada segundo o método dialético. Objetivou-se analisar os aspectos sociais e de gênero intervenientes à política de planejamento familiar. Foram realizadas entrevistas com dez puérperas na enfermaria obstétrica de um Hospital universitário em Pernambuco. Observou-se que as usuárias compreendem o planejamento familiar limitado ao uso de métodos contraceptivos, com prejuízo no diálogo em torno do planejamento, tanto no que se refere à comunicação do casal, como nos serviços de saúde, que apresentam fragilidades nas práticas desenvolvidas no campo da educação em saúde.