Descrição
During one month French Guiana was the scene of the greatest social manifestation in its history. Collectives, politicians, trade unions and ordinary people were involved in the almost total blockade of the community, claiming a decrease in urban violence, jobs and economic development. Over the course of the days, several guidelines were produced, generating even autonomist proclamations. My hypothesis is that this revolt followed a logic similar to the 2010 Arab Spring and the 2013 June Days in Brazil, when a restricted episode, in this case the protest against the violent death of a teenager on the outskirts of Cayenne, generated a social upheaval with countless consequences. The method used was a dense analysis of the daily newspaper France-Guyane, the only one to report the day-to-day movement, and the consequent establishment of the chronology of events. The peculiarity of French Guiana's political status led its authorities, in the most part of the time, to side with the rebels, on the eve of the French presidential elections.||Durante um mês a Guiana Francesa foi palco da maior manifestação social de sua história. Coletivos, políticos, sindicatos e pessoas comuns se envolveram no bloqueio quase que total da coletividade, reivindicando diminuição da violência urbana, mais empregos e desenvolvimento econômico. Com o passar dos dias, várias pautas foram produzidas, gerando inclusive clamores autonomistas. Minha hipótese é a de que essa revolta seguiu uma lógica semelhante às Primavera Árabe de 2010 e as Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, quando um episódio restrito, no caso aqui em tela o protesto contra a morte violenta de um adolescente na periferia de Caiena, gerou uma convulsão social com inúmeros desdobramentos. O método utilizado foi uma análise densa do jornal diário France-Guyane, único a noticiar o movimento do dia a dia, e o consequente estabelecimento da cronologia dos eventos. A peculiaridade do estatuto político da Guiana Francesa levou suas autoridades a ficarem, na maior parte do tempo, ao lado dos revoltosos, as vésperas das eleições presidenciais francesas.