Descrição
Neste artigo, procuramos analisar, através de duas pequenas amostras, como os provérbios racistas são particitados/reenunciados em outros gêneros discursivos, propiciando a circulação e cristalização de fórmulas e estereótipos em relação à imagem do negro, numa sociedade que se apresenta como multiculturalista e multiétnica. Para isso, apoiamo-nos no arcabouço teórico e metodológico da Análise de Discurso de orientação francesa, mobilizando principalmente os conceitos de aforização e hiperenunciação propostos por Dominique Maingueneau (2006 e 2011) e de Paráfrase e Polissemia na proposição de E. Orlandi (2001).