Descrição
Este artigo analisa as percepções de usuários do Spotify sobre os anúncios do próprio aplicativo a partir de autores como DeNora (2000), Kennedy (2005), Hassenzahl (2007), Dick, Schimitt, Gomez, Gonçalves e Triska (2016). Ao longo da análise, os conceitos de dimensão hedônica, dimensão afetiva, dimensão pragmática e o vínculo emocional com a música são arregimentados para problematizar a relação entre usuários e anúncios no uso do aplicativo. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com oito usuários do plano free (versão gratuita) e com onze usuários do plano premium (versão paga). Os entrevistados do plano free afirmaram que por vezes os anúncios não os incomodam e que em geral lidam bem com os anúncios do app. Já os usuários do plano premium afirmaram que um dos principais motivos que os fazem assinar a versão paga é o fato de não ouvir o anúncio, o que, consequentemente lhes proporciona ouvir música sem interrupções. Os entrevistados apontam outros usos e outras relações com os anúncios e com a publicidade do próprio aplicativo, expondo que as prioridades variam assim como o tempo de uso do aplicativo, que é um dos pontos que definem se o usuário pagará ou não pelo serviço.