Descrição
Este texto faz parte de dissertação de mestrado que à luz da concepção interacionista de Bakhtin, realiza uma investigação qualitativa com ênfase na observação crítica e reflexiva sobre o discurso e a prática dos professores de uma escola de Ensino Médio em uma EJA de Curitiba. Entre outros objetivos busca verificar se os professores de Língua Portuguesa seguem os preceitos para a leitura literária constantes nas Diretrizes Estaduais de Educação em suas práticas cotidianas. Diretrizes estas que estão embasadas na teoria sócio-interacionista formuladas a partir das idéias do teórico russo Mikhail Bakhtin. No ponto de partida desta análise está “a priori” um levantamento teórico sobre as concepções bakhtinianas interligadas diretamente com o uso da língua e a sua aplicabilidade no ensino de língua materna quais sejam: a interação verbal, dialogismo, enunciado e gêneros do discurso, bem como os conceitos de alteridade e de carnavalização literária sintetizadas para este artigo. Análises iniciais sinalizam discrepâncias entre o discurso e a prática dos docentes, essencialmente pautadas em métodos tradicionais de ensino da Língua Materna e na centralização da figura do professor. Atesta que, no plano do discurso, o professor incentiva o aluno a ler, mas sua prática cotidiana não condiz com o que apregoa.
