Descrição
A Educação Integral tem sido cada vez mais discutida no cenário social, sobretudo, em relação à ampliação das matrículas dos estudantes na modalidade em diferentes níveis de ensino. Seus principais objetivos versam sobre a diversificação formativa, trabalho com as competências socioemocionais e a asseguração de uma educação de qualidade para todos. O presente artigo estabelece uma reflexão sobre os discursos de docentes da Educação Básica acerca da Educação Integral. Analisamos a percepção de seis docentes, a partir dos discursos de seis interlocutoras, utilizando a noção de práxis de Paulo Freire (2016). Objetivamos compreender, à luz das mudanças recentes na legislação que trata da Educação integral, como docentes, discentes e instituições de ensino têm recebido as prerrogativas e se adequado às necessidades formativas dos diferentes perfis de estudantes. Realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa, pautada em entrevistas semiestruturadas e analisadas de acordo com a Análise de Conteúdo de Bardin (2011). Nossos resultados apontam que não há um entendimento claro do propósito da Educação Integral para as professoras pesquisas. Cabe a adoção de uma formação para a práxis, instrumentalização das instituições de ensino, visando atender os estudantes em sua integralidade, desvencilhando-se do assistencialismo, comumente associado à Educação Integral.