Descrição
Tomando como ponto de partida a constatação de que as democracias contemporâneas não podem funcionar sem parlamentos ativos, o artigo procura dialogar com a recorrente imagem de uma “crise de representação” no Estado contemporâneo, ou seja, com as dificuldades que esse instituto tem manifestado para se atualizar e permanecer cumprindo funções estratégicas nas complexas sociedades dos dias correntes. Para tanto, considera que os problemas da legitimidade nos sistemas políticos atuais estão relacionados com a questão da crise do Estado e da política impulsionada pelas novas formas adquiridas pela estrutura econômica e pela sociabilidade do capitalismo contemporâneo. Sua hipótese de fundo sugere que as transformações da sociedade capitalista ”“ a hipermodernidade ”“ puseram em xeque e ultrapassaram a representação, deixando-a defasada e com sérias dificuldades operacionais.