Descrição
A partir da análise de Narradores da sobrevivência (2000), romance de estreia do escritor e poeta moçambicano Nelson Saúte, discute-se as estratégias narrativas acionadas por um autor/narrador que, testemunha de um momento crítico da história de Moçambique, os anos violentos da guerra civil que se seguiu ao processo de independência do país, coloca em evidência a necessidade do resgate da memória e da reflexão sobre a história recente de seu povo. Nesse processo de escrita, sobressai a dimensão ética da elaboração estética, reinscrevendo a possibilidade de se escrever/contar a dor e o absurdo da banalidade da morte como espaço emancipatório.