Descrição
Neste trabalho procuro fazer uma reflexão sobre a situação surgida a partir de minha “entrada repentina no campo”, onde uma das minhas mais importantes interlocutoras, “Rosa Azul”, bastante presente nos textos de minha dissertação de mestrado e artigos que escrevi, tendo contraído uma doença rara no pulmão, estava desenganada pelos médicos, que deram a previsão de quarenta e oito horas para que ela viesse a falecer. O falecimento dessa exímia curadora que se tornou bastante conhecida na metrópole da Amazônia, seja pela sua habilidade como xamã, ou pelos seus singulares “rituais e curas neo-xamânicas”, como é vista na cidade de Belém, trouxe à tona para minha pesquisa várias questões que até então estavam “adormecidas” ou “domesticadas”, referentes ao meu trabalho de campo, sobre questões epistemológicas levantadas por Geertz em relação à natureza do entendimento antropológico, que envolve, entre outras coisas, a relação entre “pesquisador e pesquisado”, o “estar lá” e o “estar aqui”, enfim, a própria construção etnográfica.Palavras-chave: Ritual. Trabalho de Campo. Etnografia.Resuming epistemological a matter and not moral: the real life imponderablesAbstractIn this work I try to reflect on the situation arising from my "sudden entry in the field", where one of my most important interlocutors, "Blue Rose", very present in the texts of my dissertation and articles I have written, having contracted a rare disease in the lung, was given up by the doctors, who gave the forecast forty-eight hours so that she might die. The death of that excels curator who became well known in the Amazon metropolis, is for its ability as a shaman, or its unique "neo-shamanic rituals and healing", as seen in Bethlehem, brought up to my research several issues that previously were "asleep" or "domesticated", related to my field work on epistemological questions raised by Geertz on the nature of anthropological understanding, which involves, among other things, the relationship between "researcher and researched" the "being there" and "be here", in short, the very ethnographic construction.Key words: Ritual. Field works. Etnography.
