Descrição
Este artigo problematiza o conceito de experiência e suas aproximações com a cena teatral performativa recente. Ao abordar a dinâmica da cena contemporânea, é exposto um relato da autora como espectadora do evento cênico performativo A última palavra é a penúltima – 2.0 do grupo Teatro da Vertigem (SP), em que os lugares do público são revisitados sob a ótica do ato de leitura enquanto ato produtivo. A discussão traça relações entre a experiência como conceito e vivência, a estética relacional de Nicolas Bourriaud e os estudos da recepção de Flávio Desgranges, Paul Zumthor, John Dewey e Hans Ulrich Gumbrecht. A partir da noção da arte como expressão potente na alteração da percepção, questiona-se a possibilidade de falar em um ‘exercício crítico da experiência’.||Este artículo aborda el concepto de experiencia y su relación con la escena teatral reciente performativa. Al exponer la dinámica de la escena contemporánea, se presenta una narración de la autora mientras espectadora del evento performativo escénico A última palavra é a penúltima – 2.0 2.0 del grupo Teatro da Vertigem, en el que los lugares del público son analizados desde la perspectiva del acto de la lectura como un acto productivo. La discusión pone en escena las relaciones entre la experiencia como concepto y experiencia, la estética relacional de Nicolas Bourriaud y los estudios de recepción de Flavio Desgranges, Paul Zumthor, John Dewey y Hans Ulrich Gumbrecht. Desde el concepto del arte como una potente expresión en el cambio de percepción, se pone en duda la posibilidad de hablar en un ‘ejercicio crítico de la experiencia’.||The article discusses the concept of experience and its relationship with the recent performative theatrical scene. To approach the dynamics of the contemporary scene, it is presented a report of the author’s experience as spectator of the performative event A última palavra é a penúltima - 2.0 by the group Teatro da Vertigem (São Paulo), in which public places are revisited from the perspective of the act of reading as a productive act. The discussion relates the experience as a concept with the relational aesthetics by Nicolas Bourriaud, and with reception studies by Flavio Desgranges, Paul Zumthor, John Dewey, and Hans-Ulrich Gumbrecht. From the concept of art as a potent expression in the change of perception, it is questioned the possibility of speaking in an ‘experience critically exercised’.