Descrição
Partindo da metáfora da Moça Tecelã, de Marina Colasanti, busco discutir o processo da educação para as sexualidades e gêneros na formação docente, inicial e continuada, buscando observar toda a complexidade, os desafios e perspectivas desses momentos formativos. Destaco duas questões prementes nesse processo: corpo e práticas pedagógicas. O corpo, historicamente, foi banido da escola, privilegiando o intelecto e tudo o que envolve a mente. Os corpos “desejantes”, curiosos, sexuados, generificados, diferentes, são constantemente disciplinados e educados na escola para conter sua sexualidade. Os corpos infantis, no entanto, resistem a esses imperativos da educação adultocêntrica. Por mais que se queira tirar gênero e sexualidade das instituições educativas, essas temáticas estão presentes nas práticas cotidianas. A educação dos corpos, dos gestos e atitudes de crianças e adolescentes ocorre seja pelo silenciamento, pela repreensão ou a negação. O que se busca nos momentos de formação docente é desnaturalizar essas práticas para poder entender que novas atitudes e práticas docentes os/as acadêmicos/as, professores/as cursistas poderão pensar para empregar em suas vivências com as crianças.