Descrição
Neste artigo procuramos acompanhar as representações de plano de extensão e planta da cidade, pelas quais a engenharia sanitária estabeleceu os seus procedimentos no âmbito do urbanismo. Acompanhamos as discussões do Recife entre os anos 10 e 20, através do discurso de engenheiros como Moraes Rego, Saturnino de Brito, José Estelita e Paulo Guedes, que, atraídos pelo debate internacional, avançaram na definição de um campo separado de preocupações. Ainda que comprometidos com a eugenia e a paisagem, estes engenheiros, em suas pretensões científicas e formulações conceituais, gradualmente se afastam do campo da medicina e da arte. Os liames desse processo, exemplarmente resumidos em um tal traçado sanitário da cidade, podem ser entrevistos na analogia do corpo urbano, bem como na ligação orgânica entre solo, subsolo e superfície, tanto quanto entre a planta e o plano||This article tries to examine issues that bind together plan of extension to mapping of a tow n as a sort of representation inaugurated from sanitary engineering concerns. It focuses on discussions taken place in Recife, Brazil, during the 1910s and 1920s, when the international debate on 'town planning' drew the attention of local engineers such as Moraes Rego, Saturnino de Brito, Paulo Guedes and José Estelita. Even though their former interestes being rested upon hygiene and landscape, they were gradually moving to recognize urbanistic problems as an autonomous field of analyses and intervention. From this new perspective, the town is to be considered analogous to the human body w ith its proper anatomy and patology, just as much as a combination of soil, subsoil, superficies and constructions