Descrição
This paper analyses the coverage of the disaster after the passage of an extratropical cyclone and flooding in the municipality of Muçum (RS), which occurred in September 2023, in the newspapers Zero Hora and Correio do Povo. The goal is to understand how sources were mobilized and, particularly, how eyewitness sources were configured. Using a relational approach to communication, we examined the activation of these testimonies, focusing on the moral perspectives employed in the narratives of the affected individuals, questioning the ethics involved and the creation of greater socio-environmental sensitivity regarding the event. Pertaining to the use of non-eyewitness sources, Zero Hora prioritized military sources, while Correio do Povo gave more visibility to political sources. Among the findings, we highlight that both newspapers used testimonies similarly, seeking greater engagement with the audience, primarily through emotional means.||Este artículo analiza la cobertura del desastre tras el paso de un ciclón extratropical y las inundaciones en el municipio de Muçum (RS), ocurridos en septiembre de 2023, en los periódicos Zero Hora y Correio do Povo. El objetivo es comprender cómo se movilizaron las fuentes y, en particular, cómo se configuraron las fuentes testimoniales. Usando un enfoque relacional de la comunicación, examinamos la activación de estos testimonios, centrándonos en las perspectivas morales empleadas en las narrativas de los afectados, cuestionando la ética involucrada y la generación de una mayor sensibilidad socioambiental respecto al evento. En cuanto al uso de fuentes no testimoniales, Zero Hora priorizó las fuentes militares, mientras que Correio do Povo dio más visibilidad a las fuentes políticas. Entre los hallazgos, destacamos que ambos periódicos utilizaron testimonios de manera similar, buscando una mayor conexión con el público, principalmente a través de medios emocionales.||Analisamos a cobertura do desastre após a passagem de um ciclone extratropical e enchente no município de Muçum (RS), ocorridos em setembro de 2023, nos jornais Zero Hora e Correio do Povo, com o objetivo de compreender como as fontes jornalísticas foram convocadas e, especialmente, como foram configuradas as fontes testemunhais. A partir do enfoque relacional da comunicação, verificamos o acionamento destes testemunhos, enfocando a análise nas perspectivas morais utilizadas na narrativa dos testemunhos dos afetados, nos questionando sobre a ética envolvida e sobre a geração de uma maior sensibilidade socioambiental sobre o ocorrido. Quanto ao uso das fontes não testemunhais, Zero Hora priorizou as de cunho militar, enquanto o Correio do Povo deu mais visibilidade às de cunho político. Entre os resultados, destacamos que ambos os jornais lançaram mão de testemunhos de forma similar, buscado uma maior aproximação com o público sobretudo pela via da emoção.
