Descrição
If this article has a critical point of view, it is because it focuses on the goals and objectives of theatrical practices that, in an ideological-economic context, are at the service of the interest of “community-making”. This is due to the structural organization of the theater (both theatrical elements and the entertainment industry) which is part of the idea of “common factory”, where the notion of the public (and consequently of the people) is preferred to the notion of individual (ie banal, anonymous singularity). In view of such strategical organization of the theatrical phenomenon, practices in open spaces can then be considered as an alternative that incorporates the model of “biopolitics”, whose objective is to free life, to withdraw it from the institutional training commented by Michel Foucault in “The Will to Know”, when he analyzes “biopower”.||Si cet article est critique, il l’est à l’endroit des finalités et des visées des pratiques théâtrales qui, sous la contrainte et la conjonction d’un ensemble idéologico-économique, sont finalement, à leur insu ou pas, au service de l’intérêt et du souci du « faire communauté ». Et ce parce que l’organisation structurelle du théâtre (aussi bien les constituants théâtraux que l’industrie du spectacle) participe d’un programme de « fabrique du commun » où est préférée la notion de public (et donc de peuple) à la notion de sujet (et donc de singularité quelconque). À cette organisation tactique du phénomène théâtral, les pratiques en espaces ouverts seront alors considérées comme une alternative incarnant un modèle de "biopolitique" qui a pour objet de libérer la vie, de la soustraire au dressage institutionnel tel qu’il a pu être commenté dans La Volonté de savoir par Michel Foucault lorsqu’il analyse le « bio-pouvoir ».||Se esse artigo tem um ponto de vista crítico, é porque ele foca nas finalidades e objetivos das práticas teatrais que, sob uma conjuntura ideológico-econômica, cientes ou não disso, se encontram a serviço do interesse e da preocupação do “fazer comunidade”. Isso se dá em razão da organização estrutural do teatro (tanto os elementos teatrais quando a indústria do espetáculo) que faz parte de uma ideia de “fábrica do comum”, onde é preferível a noção de público (e consequentemente de povo) à noção de indivíduo (ou seja, de singularidade banal, anônima). Em vista de tal organização estratégica do fenômeno teatral, as práticas em espaços abertos podem, então, ser consideradas como uma alternativa que incorpora o modelo de “biopolítica”, cujo objetivo é o de libertar a vida, de retirá-la do adestramento institucional comentado por Michel Foucault em “A vontade do saber”, quando ele analisa o “biopoder”.
