Descrição
Considerado precursor de la narrativa fantástica en Brasil, el escritor Murilo Rubião (1916-1991) declara que todos sus cuentos están entrañablemente relacionados a las historias leídas y oídas en la niñez, cuando su niñera se las recreaba y contaba, agregándole aspectos de lo insólito. Este texto presenta un análisis de la narrativa “El hombre de la gorra gris”, en lo que concierne a sus aspectos estéticos y semánticos, en la perspectiva de la poética de lo fantástico obsesivo: la constante y excessiva preocupación de un personaje por observar, sin permiso, a un vecino en su enfermiza privacidad, y la forma como esa práctica contamina al observador, a punto de convertirle radicalmente su naturaleza.||Considered the precursor of the fantastic narrative in Brazil, the writer Murilo Rubião (1916-1991), from Minas Gerais, states that all his tales are closely linked to stories read and listened in his childhood, which, re-created and told by his babysitter, had aspects of the strange. This article presents an analysis of the narrative "O homem do boné cinzento" on their aesthetic and semantic aspects in the perspective of what we consider as poetics of the obsessive fantastic: the constant and excessive concern of a character to observe, without consent, a neighbor in his unsound privacy, and the way how this practice pollutes the viewer, about to transform, radically, his the nature.||Considerado precursor da narrativa fantástica no Brasil, o escritor Murilo Rubião (1916-1991), de Minas Gerais, declara que todos os seus contos estão intimamente ligados às histórias lidas e ouvidas na infância, as quais, recriadas e contadas pela babá, apresentavam aspectos do estranho. Este artigo apresenta uma análise da narrativa “O homem do boné cinzento”, em seus aspectos estéticos e semânticos, na perspectiva do que consideramos como uma poética do fantástico obsessivo: a constante e excessiva preocupação de um personagem em observar, sem o devido consentimento, um vizinho em sua doentia privacidade, e a forma como essa prática contamina o observador, a ponto de transformar-lhe, radicalmente, a natureza.