-
The notion of a Latin American culture in American anthropology and family studies: A conspiracy against diversity?||A noção de uma cultura latino-americana da antropologia norte- -americana e os estudos de família: uma conspiração contra a diversidade?
- Voltar
Metadados
Descrição
Neste trabalho examina-se o surgimento da noção de uma cultura latino--americana na antropologia norte-americana e como sua aplicação serviupara ocultar a diversidade de sistemas familiares do continente. Paraabordar o tema, primeiro me referirei aos antecedentes do conceito deculturas nacionais na antropologia de Franz Boas, a figura mais relevantena profissionalização da disciplina nos Estados Unidos e proponente douso do termo “cultura” para explicar as diferenças humanas. Em seguida,analisarei o papel da obra de Robert Redfield e suas perspectivas quantoà aculturação na transformação da antropologia de uma disciplina que selimitava a abarcar pequenos grupos humanos, relativamente homogêneose frequentemente descritos como “primitivos”, para passar a abordar sociedades complexas. Tratarei brevemente de como a antropologia ea noção de cultura foram utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial,favorecendo, assim, as visões de culturas nacionais. Depois passarei aanalisar como ocorreu a continuidade dessa tendência durante a GuerraFria, propiciando o desenvolvimento do conceito de uma cultura latino--americana com variantes nacionais específicas. Finalmente, a partir dealguns exemplos, farei uma crítica dessas tendências homogeneizadoras,ao mesmo tempo em que destaco a presença de sistemas familiaresdistintos daqueles propostos pelos modelos hegemônicos culturalistas.Concluo com algumas reflexões sobre os problemas de um conceito decultura desse tipo, indicando que tem havido um interesse desmedidono discurso e menos nas práticas, o que tem impedido o reconhecimentoe as explicações de práticas divergentes das supostas culturas nacionaisda América Latina.||This article examines the rise of the notion of a Latin American culturein American anthropology and how its application served to hide thediversity of family systems in the continent. To address this topic,I first refer to the antecedents of the concept of national cultures inthe anthropology of Franz Boas, the most important figure in theprofessionalization of the discipline in the United States and exponent ofthe use of the term “culture” to explain human differences. I next analyzethe role of the work of Robert Redfield and his proposals regardingacculturation in the transformation of anthropology from a disciplinelimited to the study of small, relatively homogeneous human groups,frequently described as “primitives” to broach complex societies. I touchbriefly upon how anthropology and the notion of culture were used inWorld War II, favoring proposals of national cultures. I then analyze howthis trend continued during the Cold War, stimulating the development ofthe concept of a Latin American culture with specific national varieties.Finally, I criticize these homogenizing tendencies by examining someexamples and point out the presence of family systems different fromthose assumed by the hegemonic culturalist models. I conclude with areflection on the problems with a culture concept of this type, notingthat excessive interest has been placed on ideas and less on practice,impeding recognition and explanation of practices diverging from thesupposed national cultures of Latin America.
ISSN
0100-6932
Periódico
Autor
Robichaux, David
Data
31 de dezembro de 2009
Formato
Identificador
https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/19984 | 10.5380/his.v51i0.19984
Idioma
Editor
Fonte
História: Questões e Debates; v. 51, n. 2 (2009) | História: Questões & Debates; v. 51, n. 2 (2009) | 2447-8261 | 0100-6932 | 10.5380/his.v51i0
Assuntos
Family and kinship; American anthropology; Latin America | família e parentesco; antropologia norte-americana; América Latina
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion