Descrição
This work aims to present the psychological explanation of religion according to Ludwig Feuerbach (1804 – 1872) and Sigmund Freud (1856 – 1939) through the concept of objectification of consciousness in Feuerbach and the concept of projection treated by Freud. We also highlight the influence of Feuerbach's thought on freudian interpretation of religion, given the theoretical approach of thinkers in understanding the religious psychopathological aspect. Feuerbach seeks to demonstrate in The Essence of Christianity (1841) and Predictions on the Essence of Religion (1851) that religion has its foundation in the objectification of an inverted natural consciousness of factual reality to a fanciful reality, such as the idea of the immaterial god, which has negative consequences for human coexistence. Freud, especially in his work the future of an illusion (1929/30) and Malaise in culture (1927) presents us with an analogous viewpoint, namely that in religion man projects his own consciousness into an "external consciousness", however, devoid of reality, that is, an illusion that aims at another reality, an immaterial "reality". Thus, for both thinkers, religion is characterized as a psychic pathology given the existence of belief in something inhuman.||Esse trabalho tem como objetivo apresentar a explicação psicológica da religião segundo Ludwig Feuerbach (1804 – 1872) e Sigmund Freud (1856 – 1939) através do conceito de objetivação da consciência em Feuerbach e do conceito de projeção tratado por Freud. Também destacamos a influência do pensamento de Feuerbach na interpretação freudiana sobre a religião, visto a aproximação teórica dos pensadores na compreensão do aspecto psicopatológico religioso. Feuerbach procura demonstrar em A Essência do Cristianismo (1841) e Preleções sobre a Essência da Religião (1851) que a religião tem seu fundamento na objetivação de uma consciência natural invertida da realidade factual para uma realidade fantasiosa, como a ideia do deus imaterial, a qual tem consequências negativas para a convivência humana. Freud, especialmente em sua obra O futuro de uma ilusão (1929/30) e Mal-estar na cultura (1927) nos apresenta semelhante perspectiva, a saber, de que na religião o homem projeta a própria consciência numa “consciência externa”, no entanto, destituída de realidade, ou seja, uma ilusão que tem como meta outra realidade, uma “realidade” imaterial. Assim, para ambos os pensadores, a religião é caracterizada como uma patologia psíquica visto a existência da crença em algo inumano.
