Descrição
By analyzing UN diplomatic negotiations on the law of the sea (1973-1982), this article studies the composition of delegations from Brazil, France and the United States and the performance of their law professionals and other professionals at the margins of negotiations. They all take part in a struggle to interpret the new rules of the law of the sea. On the one hand, this work confirms the United States’ influence on the production of this new legal knowledge. On the other hand, it also demonstrates that anti-hegemonic strategies are built in the international field during the negotiation process. Diplomats from peripheral countries ally themselves with less “noble” experts and manage to introduce into international law the new legal principle of “common heritage of mankind”, which goes against the interests of the main economic powers of the time.||Al analizar las negociaciones diplomáticas de la ONU sobre el derecho del mar (1973-1982), el artículo estudia la composición de las delegaciones de Brasil, Francia y Estados Unidos, sus profesionales del derecho y otros profesionales al margen de las negociaciones. Todos ellos participan en una lucha para interpretar las reglas de la ley del mar. Por un lado, el artículo confirma la influencia de Estados Unidos en la producción de nuevos conocimientos legales. Por otro lado, también demuestra que las estrategias anti-hegemónicas se construyen en el campo internacional durante el proceso de negociación. Diplomáticos de países periféricos se alían con expertos menos "nobles" y logran introducir en el derecho internacional el nuevo principio legal de "patrimonio común de la humanidad". Este principio va en contra de los intereses de las principales potencias económicas de la época.||Através da análise das negociações diplomáticas sobre o direito do mar na ONU (1973-1982), o artigo analisa a composição das delegações do Brasil, Estados Unidos e França e a atuação de seus membros juristas e de outros profissionais à margem das negociações. Todos encontram-se envoltos numa luta para interpretar as novas regras do direito do mar. Se por um lado, é confirmada a influência do espaço nacional estadunidense sobre a produção desse novo saber jurídico, por outro, identifica-se também a formação de estratégias anti-hegemônicas que se formam no espaço internacional onusiano. Por meio dessas estratégias, os diplomatas dos países periféricos se aliam a produtores menos “nobres” do saber e conseguem introduzir no direito internacional o novo princípio jurídico de “patrimônio comum da humanidade”, contrário aos interesses das maiores potências econômicas da época.