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The The tradition and the contemporary in the voices of Clementina de Jesus and Sandra de Sá: two decades of Brazilian Black Music||A tradição e o contemporâneo nas vozes de Clementina de Jesus e Sandra de Sá: duas décadas de Música Preta Brasileira
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Metadados
Descrição
The article is based on Brazilian popular music representation of black female voice in its aesthetic, historical, identity and intersectional aspects. The voice – being an instrument of communication and perpetuation of traditions and knowledge – has a fundamental importance in the continuity and permanence of cultures within society. Using the concepts of the tradition and the contemporary, I illustrate two black voices of BBM – “Brazilian black music”, the “partideira” (partisan) Clementina de Jesus and the soul woman Sandra de Sá. In Clementina ancestry can be understood as a category of relation, connection, inclusion, diversity, unity and enchantment (OLIVEIRA, 2007), that updates the tradition from her experience, her life wisdom, her ethics and her shared sensitivity; it’s the permanence of the past in the present, the resistance which the capital seeks to overwhelm, what is alive in the present (SILVA, 2016, p. 83). Sandra de Sá, heiress of the 1970’s black music, and from the funk parties in Rio de Janeiro’s periphery, became a commercial phenomenon in the mid 1980’s. Her black singing makes its peripheral ballasts explicit. The two singers were sanctioned by male, white producers, who have sometimes suffocated their singular and unique voices.||O presente artigo tem por base a representação da voz feminina negra nos seus aspectos estéticos, históricos, identitários e interseccionais. A voz, por ser um instrumento de comunicação e perpetuação de tradições e conhecimento, possui fundamental importância para a continuidade e a permanência das culturas de uma sociedade. Utilizando o binômio tradição e contemporâneo, ilustro duas vozes negras da Música Preta Brasileira (MPB), a partideira Clementina de Jesus e a soul woman Sandra de Sá. Em Clementina a ancestralidade pode ser entendida como uma categoria de relação, ligação, inclusão, diversidade, unidade e encantamento (OLIVEIRA, 2007), que atualiza a tradição a partir de sua experiência, sua sabedoria de vida, sua ética e sua sensibilidade partilhada; é a permanência do passado no presente, a resistência do que o capital quer soterrar, o que está vivo no presente (SILVA, 2016). Sandra de Sá, herdeira da black music do início dos anos 1970, dos bailes funk na periferia do Rio de Janeiro, se torna um fenômeno de vendas em meados dos anos 1980. Seu canto negro deixa explícito seus lastros periféricos. As duas cantoras foram chanceladas por produtores homens, brancos, que sufocaram por vezes suas vozes singulares, únicas.
ISSN
2316-7858
Periódico
Abrangência
Brazil; 20th century | Brasil; século XX
Autor
Silva, Marilda de Santana
Data
16 de dezembro de 2020
Formato
Identificador
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/muspop/article/view/13696 | 10.20396/muspop.v7i..13696
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2020 Marilda de Santana Silva | https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
Fonte
Música Popular em Revista; Vol. 7 (2020): Instrumental Music and Musical Improvisation; e020004 | Música Popular em Revista; Vol. 7 (2020): Música Instrumental e Improvisación Musical; e020004 | Música Popular em Revista; v. 7 (2020): Música Instrumental e Improvisação; e020004 | 2316-7858
Assuntos
Clementina de Jesus | Sandra de Sá | Música Preta Brasileira | Intérpretes negras | Clementina de Jesus | Sandra de Sá | Brazilian Black Music | Black singers
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo avaliado pelos Pares | Texto | Text