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The Tragic Drama of the Unfolding of Personality in Crime and Punishment||O drama trágico do desdobramento da personalidade em Crime e Castigo
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Metadados
Descrição
The present study interprets Dostoevsky’s Crime and Punishment in connection with tragic drama. According to our thesis, Ralkonikov’s trespassing behavior does not arise from ideological positions of his time, but finds its recondite mobile in his demonic per- sonality, inflated by an unbridled will of power. The Satanism that overcomes him does not break out as an exterior determination, but emerges from a deep wish to assume control, in accord with the Greek mythologem of man and the modern philosophem of subjectivity. In consonance with the protagonist’s disposition, the novel develops as a drama, concentrated, from start to finish, on the representation of the tragic emotions of anxiety and terror, triggered by the initial plan and the final execution of the assas- sination. To render Rakolnikov’s tragic consciousness, Dostoevsky operates a radical revolution in the history of the novel. The subtle artistry of the isomorphic correlation between the theme of the disrupted personality in dispute with itself and the equivalent monodialogic form of the narrative distinguishes the Russian novelist. As we demons- trate, the fictional revolution of the novel is not confined to the monodialogue typical of theatrical drama, always pronounced by the character in the first person, but constructs itself specifically as a narrative monodialogue, rendered in the third person and characterized by the interaction between the consciousness of the narrator and the emotional experience of the protagonist.
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O presente estudo interpreta o romance de Dostoiévski, Crime e Castigo, em intercá‚mbio dialógico com o drama trágico. Defendemos a tese de que a conduta transgressora de Raskólnikov não se fundamenta no ambiente ideológico de seu tempo, mas tem como móbil recoÌ‚ndito a sua personalidade demoníaca, insuflada por desenfreada vontade de potência. O satanismo que o subjuga não irrompe como determinação exterior, mas emerge do profundo desejo de mando e comando, que remonta ao antigo mitologema grego do homem e ao moderno filosofema da subjetividade. Em consoná‚ncia com a disposição do protagonista, o drama romanesco se concentra, do início ao fim, na representação das emoções trágicas de aflição e terror, suscitadas pelo plano inicial e pela execução final do morticínio. Na representação da cons- ciência trágica de Raskólnikov, Dostoiévski submete a história do romance a uma revolução radical. A sutileza artística da correlação isomórfica do tema da personalidade cindida em polêmica consigo mesma e da forma monodia- lógica da narrativa singulariza o ficcionista russo. Conforme demonstramos, a revolução ficcional do romance em foco não se limita ao monodiálogo originário do drama teatral, sempre recitado pelo personagem na forma pronominal da primeira pessoa, mas também se atesta no monodiálogo especificamente narrativo, expresso na terceira pessoa e caracterizado pela interação da consciência do narrador e da experiência passional do protagonista.
ISSN
2525-9105
Autor
e Souza, Ronaldes de Melo
Data
28 de maio de 2019
Formato
Identificador
https://periodicos.unb.br/index.php/dramaturgias/article/view/24891 | 10.26512/dramaturgias.v0i10.24891
Idioma
Fonte
Dramaturgies; No. 10 (2019): Ópera, Tecnologia e Novos Media; 360-381 | Dramaturgias; n. 10 (2019): Ópera, Tecnologia e Novos Media; 360-381 | 2525-9105 | 10.26512/dramaturgias.v0i10
Assuntos
Drama trágico. Aflição e terror. Revolução ficcional. Crime e Castigo. Dostoiévski. | Tragic drama. Anxiety and terror. Fccional revolution. Crime and Punishment. Dostoevsky.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion