Descrição
This paper explores the place given to Jewish nature – which is conceived as a condition inherited from the father and passed on, even reluctantly, to others – in the poetry of Tamara Kamenszain. We hold that this condition is expressed in the poems by the recurrence of a series of images/concepts, among which the signifier ghetto stands out, and with it, the Jewish condition – understood as a narration that recovers a past, a genealogy – leads to a question comprising the procedure: the question that examines poems as appropriate places to narrate one’s own life and even as favorable places (or not) to inscribe the intimate.||Este artigo investiga, na poesia de Tamara Kamenszain, o lugar ocupado pelo “judaico”, concebido como uma condição que se herda do pai e que se transmite, inclusive a contragosto. Pensamos que essa condição se traduz nos poemas na recorrência de uma série de imagens/conceitos, entre os quais se destaca o significante gueto, e, com isso, a condição judaica entendida como narrativa que recupera um passado, uma genealogia, e que se abre para uma pergunta da ordem do procedimento: aquela que interroga acerca do poema como espaço propício para narrar a própria vida e, inclusive, como espaço favorável ou não à inscrição da intimidade.