-
to an adult’s face, the gesture of Alice in the cities||al rostro del adulto, el gesto de Alicia en las ciudades||ao rosto do adulto, o gesto de alice nas cidades
- Voltar
Metadados
Descrição
Uma cena do filme “Alice nas cidades”, de Wim Wenders, arde em nós – ela movimenta matérias em nosso pensamento. Trata-se de uma polaroide recém-emitida em que os rostos de um adulto (Phillip Winter) e de uma criança (Alice) se confundem. A partir dessa imagem percorremos a narrativa fílmica, elaborando reflexões sobre a potência de liberdade contida no encontro com a infância. Em um primeiro momento, observando a relação que o personagem Phillip estabelece com seu trabalho jornalístico, discutimos o lugar do investimento de sua angústia e sua aparente indisposição para o devir, manifestas no entendimento que expressa com as imagens que produz com sua máquina fotográfica. Em seguida, compreendemos a chegada de Alice como capaz de desfazer as tramas existenciais que enquadravam o rosto do adulto, lançando-o ao imprevisível. Esse acontecimento se cristaliza em um gesto poético: a criança interpela o adulto com seu próprio rosto, fazendo seu retrato. Aqui, os conceitos de rostificação e de desterritorialização são entretecidos e elaborados a partir dos pensamentos de Georges Didi-Huberman, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Por fim, nos dedicamos a pensar o valor da inquietude, presente na criança e no viajante, como estratégia de fuga possível em direção a uma liberdade libertada, ou ainda, desrostificada.||Una escena de la película “Alicia en las ciudades”, de Wim Wenders, arde en nosotros/as – moviliza materias en nuestro pensamiento. Se trata de una polaroid recién emitida en la que los rostros de un adulto (Phillip Winter) y de una niña (Alicia) se confunden. A partir de esa imagen recorremos la narrativa fílmica, elaborando reflexiones acerca de la potencia de libertad contenida en el encuentro con la infancia. En un primer momento, observando la relación que el personaje Phillip establece con su trabajo como periodista, discutimos el lugar de investidura de su angustia y su aparente indisposición al devenir, que se manifiestan en el entendimiento que expresa con las imágenes producidas con su cámara fotográfica. En seguida, comprendemos la llegada de Alicia como capaz de deshacer las tramas existenciales que encuadraban el rostro del adulto, arrojándolo a lo imprevisible. Ese acontecimiento se cristaliza en un gesto poético: la niña interpela al adulto con su propio rostro, tomándole su retrato. Aquí, los conceptos de rostrificación y de desterritorialización son entretejidos y elaborados a partir de los pensamientos de Georges Didi-Huberman, Gilles Deleuze y Félix Guattari. Finalmente, nos dedicamos a pensar el valor de la inquietud, presente en la niña y en el viajero, como estrategia de fuga posible en dirección a una libertad liberada, o aún, desrostrificada.||One scene from Wim Wenders’ film “Alice in the cities” provokes us to think again about childhood. It’s a fresh polaroid snapshot, where we can see the faces of an adult (Phillip Winter) and a child (Alice) blending and mixing. Starting from this image, this paper makes its way through the movie’s plot, reflecting on the power of freedom that arises from an encounter with children and childhood. First, we examine the relationship between Winter and his job as a photo-journalist, discussing the character of his existential anguish and his supposed indisposition to becoming, which seems to be clear in the way that he reads his own photographs. In a second moment of the film, we understand Alice’s arrival on the scene as something capable of dispersing the circumstances that are constraining him by hurling him into the unpredictable. This event is crystallized in one poetic gesture: the girl confronts the adult with her own face by drawing a self-portrait. Facialization and deterritorialization are twoconcepts that we weave into our discussion, working off the philosophical thinking of Georges Didi-Huberman, Gilles Deleuze and Félix Guattari. Finally, we propose that worry as a value, characteristic of children and travelers, can produce an opening that offers an escape into a freedom of release–or, so to speak, a defacialized freedom.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
costa, victor anselmo | kasper, kátia maria
Data
30 de junho de 2022
Formato
Identificador
https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/64537 | 10.12957/childphilo.2022.64537
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2022 Victor Anselmo Costa, Kátia Maria Kasper
Fonte
childhood & philosophy; Vol. 18 (2022); 01 - 24 | childhood & philosophy; v. 18 (2022); 01 - 24 | childhood & philosophy; Vol. 18 (2022); 01 - 24 | 1984-5987
Assuntos
infância | rostidade | cinema | diferença | childhood | faciality | cinema | difference.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion