-
Traficantes, senhores de engenho e dívidas:: a trajetória de Gabriel Antonio no tráfico, 1828-1852||Slave dealers, landowners and debts:: the trajectory of Gabriel Antonio in Slave trade, 1828-1852
- Voltar
Metadados
Descrição
This text deals with the career of an Atlantic slave dealer who, before amassing considerable fortune, worked as a cashier and master of a slave ship of a renowned Atlantic slave dealer, who traded mostly before 1831. Notary records, newspaper notes and satires, legal proceedings and his plea for bankruptcy in 1863, allows us to observe part of Gabriel Antonio's trajectory in the slave trade, his mercantile connections and his rise as a sugar mill owner, who harbored African captives on the beaches adjacent to his rural properties. The observation of his career also helps us to understand the links between the slave trade, the imperial elites and the landowning class after 1831, as well as the use of bills of exchange by the slave traders, not as credit instruments to finance harvests, for example, but as a legal tool to commit fraud, for they made the contraband of illegally enslaved people, the appearance of a normal loan at current interest rates. The use of bills of exchange in those operations, provided legal security for the crime, because the debt and the interest could be collected in court.||Este texto lida com a carreira de um traficante de escravizados que começou como caixa e mestre de um navio escravista de um dos maiores traficantes da rota para Pernambuco antes de 1831. Documentos cartoriais, notícias, sátiras nos jornais, processos judiciais e o seu pedido de moratória em 1863, permitem vislumbrar uma parte da trajetória de Gabriel Antonio no tráfico, bem como suas conexões mercantis, ascensão e atuação como senhor de engenho-traficante, uma vez que recepcionava os navios do tráfico nas praias contíguas aos seus engenhos. A observação de sua carreira ajuda ainda a entender os muitos vínculos do tráfico com a elite imperial e com a classe senhorial depois de 1831, bem como o uso de letras de câmbio pelos traficantes, que nestes casos nem sempre funcionavam apenas instrumentos de crédito para financiar as safras, por exemplo. Para os traficantes a letras serviam como um artifício jurídico para fraudar a lei, ao conferir a uma operação completamente ilegal, a venda de pessoas ilegalmente escravizadas e contrabandeadas, a aparência de um empréstimo como outro qualquer, a juros correntes. Elas conferiam inclusive segurança jurídica ao crime, pois o principal e os juros das letras podiam ser cobrados em juízo.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Maciel de Carvalho, Marcus Joaquim
Data
4 de outubro de 2024
Formato
Identificador
https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/83240 | 10.12957/revmar.2024.83240
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2024 Marcus J. M. de Carvalho | https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
Fonte
Revista Maracanan; n. 36 (2024): Capitalistas, comerciantes e homens de negócios: trajetórias de atuação e redes mercantis no mundo Atlântico (séc. XIX); 229-254 | 2359-0092 | 1807-989X
Assuntos
Tráfico de Escravizados | Elite Imperial | Gabriel Antonio | Letras de Câmbio | Slave Trade | Imperial Elite | Gabriel Antonio | Bills of Exchange
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo avaliado pelos pares