Descrição
O neopentecostalismo expande-se nas comunidades de povos originários no Brasil. O principal discurso deste movimento religioso fundamenta-se na teologia da prosperidade, como ferramenta da ética capitalista e insustentável sob ponto de vista ambiental (ALMEIDA, 2006; MEIRELLES,2011). A partir destes pressupostos, este artigo analisa as problemáticas envolvendo a maneira pela qual os povos indígenas têm resistido a esta nova forma de colonização. Inferiorização da crença religiosa, perda da diversidade cultural, dentre outros sintomas, demonstram os novos tentáculos do colonialismo. Sob as perspectivas teóricas acerca da transmodernidade (DUSSEL, 2009) e sobre a decolonialidade/ socialização de poder (QUIJANO,1999), urge a criação de um diálogo intercultural, entre os povos originários e as lideranças religiosas, no sentido de garantir a liberdade religiosa, mas primordialmente um multiverso multicultural.||Neopentecostalism expands in communities of indigenous peoples in Brazil. The main discourse of this religious movement is based on the theology of prosperity, as a tool of capitalist ethics and unsustainable under an environmental point of view (ALMEIDA, 2006; MEIRELLES, 2011). Based on these assumptions, this article analyzes the problems surrounding the way in which indigenous peoples have resisted this new form of colonization. Inferiorization of religious belief, loss of cultural diversity, among other symptoms, demonstrate the new tentacles of colonialism. Under the theoretical perspectives on trans-modernity (DUSSEL, 2009) and on the decoloniality / socialization of power (QUIJANO, 1999), it is urgent to create an intercultural dialogue, between native peoples and religious leaders, in order to guarantee religious freedom , but primarily a multicultural multiverse.