Descrição
O cinema de horror tem com a paixão do medo um valor estético arrebatador. Nosso objetivo é apresentar um estudo sobre a paixão do medo no cinema de horror e, com isso, mostrar alguns pontos importantes na construção desse gênero, tais como as configurações do percurso passional e a noção de contágio que o enunciador dissemina em seu enunciado. Para isso, nos serviremos das teorias propostas sobre as paixões e o contágio no âmbito da Semiótica francesa. Tais teorias terão como objeto de estudo o filme escolhido por nós por representar uma nova guinada no que diz respeito à evolução do gênero: A bruxa de Blair, dirigido em 1999 por Mirick e Sánchez. Desse modo, mostraremos que a nervura do gênero, do ponto de vista semiótico, se funda nos percursos da paixão do medo, do relaxado ao hipertenso, e na propagação contagiosa que este efeito de sentido deixa no enunciado.