Descrição
O Palácio do Catete, residência de Antônio Clemente Pinto – o Barão de Nova Friburgo – de 1866 a 1869, e residência oficial da Presidência da República, de 1897 a 1960, foi projetado pelo arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt. A primeira alteração em seu traçado é autoria de Paul Villon, que seguiu as linhas atribuídas a Auguste François Marie Glaziou, renomado paisagista do século XIX, de quem ele próprio havia sido discípulo. Referência do neoclassicismo tardio no Rio de Janeiro, seus valores histórico e artístico foram reconhecidos em 1938, quando do seu tombamento em instância federal, enquanto conjunto urbano-paisagístico. Lugar de memória da República Brasileira com a criação do Museu da República em 1960, é espaço de sociabilidade de usuários cotidianos e também concorrido ponto turístico. O objetivo deste artigo é iniciar uma reflexão sobre os desafios da preservação e dos usos de um bem vivo tombado – o Jardim do Palácio do Catete – que sofreu e ainda sofre inúmeras alterações o longo de quinze décadas de ocupação, para propor ações de preservação com vistas à sua valorização.