Descrição
Este artigo discute o uso de soluções exemplares como critério de projeto, focalizando a prática pedagógica da arquitetura que tem lugar nos ateliês dos cursos de graduação. A construção de conhecimento arquitetônico no projeto implica o uso de precedentes, quer como ponto de partida (aberto a manipulações adaptativas), quer como ferramentas de comparação aplicadas a posteriori a verificações tipológicas e à correção de decisões projetuais que conduzem às configurações do partido. A descrição, interpretação e transformação dos tipos como parte de uma abordagem "imitativa" do projeto arquitetônico é o tema central de uma epistemologia da prática, tal como sugerida por Donald Schön, e fundamenta o exercício da invenção compositiva. Nesta perspectiva, a imaginação figurativa interage com um catálogo coletivo de obras de arquitetura paradigmáticas, constituindo um conjunto de requerimentos eletivos progressivamente incorporados ao repertório do projetista.Palavras-chave: arquitetura; projeto; repertório; aprendizado.