Descrição
Partindo de uma obra específica, Toute une nuit (1982), de Chantal Akerman, proponho discutir em que medida um repertório imagético pervasivo, saturado de significações – o das imagens do amor no cinema – pode suscitar um engajamento afetivo. Busco argumentar que, mediante procedimentos tais como a fragmentação, a repetição e a serialização, o filme logra desprender um excesso que nos leva a adiar a assimilação de tais cenas ao âmbito do já visto, a fim de explorar os gestos que presidem as interações entre os amantes, encontrando aí potencialidades expressivas renovadas.