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Vestindo-se para o sucesso
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Metadados
Descrição
Há um relato oitocentista sobre a rainha francesa Maria Antonieta, no começo de um baile da corte, usando “um vestido azul repleto de safiras e diamantes. Ela era jovem, bela e adorada por todos – ainda assim, já estava próxima do abismo” (MENDEHLSOHN, 2006)2 . Essa passagem foi citada na crítica de Daniel Mendehlsohn sobre o filme Marie Antoinette, de Sofia Coppola, para destacar o que ele acreditava ser o ponto fraco do longa: Coppola, ele diz, “oferece o vestido, mas não o abismo” (MENDEHLSOHN, 2006, p. 22). Aquela descrição verbal da aparência da rainha era, resumidamente, mais reveladora, mais dramática do que as imagens deslumbrantes do filme. O contraste feito por Mendehlsohn em seu relato levanta o questionamento de porque algo tão visual quanto o vestir deveria ser considerado no contexto da literatura. O que as palavras fazem pelo vestir? Para o crítico, era a sugestão das palavras – a implicação de haver profundezas abaixo da superfície – que concedia o drama. Vestir-se, para Roland Barthes (2009), é a matéria poética ideal: tocando o corpo, revela-se o eu, mas também se interage com o social – conformando-se, rejeitando, enganando ou seduzindo.[...]
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Hughes, Clair
Data
9 de abril de 2020
Formato
Identificador
https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/view/1066 | 10.26563/dobras.v13i28.1066
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2020 Clair Hughes
Fonte
dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda; v. 13 n. 28 (2020); 188-202 | 2358-0003 | 1982-0313
Assuntos
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion