Descrição
O artigo desenvolve uma linha de reflexão a partir de trabalhos de fotografia que apresentam recortes ou obstruções. O texto desdobra algumas questões que se originaram a partir de procedimentos onde áreas de um referente foram ocultadas de nosso olhar. Tais procedimentos geraram possibilidades teóricas e poéticas principalmente em relação ao sentido de lugar e espaço, atingindo o tema da paisagem e sua representação e contribuindo assim aos debates contemporâneos da Fotografia. O artigo se debruça sobre os trabalhos de Marina Camargo, os quais são analisados através de um foco nas performances e articulações que circundam toda produção visual e a produção do olhar. Uma articulação teórica é posta em ação junto às reflexões de Jacques Derrida e Hal Foster onde encontra um lugar para pensar a fotografia e alguns processos da própria visualidade humana.