Descrição
This article is a brief study of three novels by Carmen de Figueiredo: Famintos (1950), Vinte anos de manicômio (1951) and Uma vida de Mulher (1950). The intention is to show that the author, who had two novels censored by PIDE, brought in her plots issues related to women’s sexuality that dialogued with the freedom and equal rights sought in feminist work. We justify our choice of corpus by believing that Carmen de Figueiredo went beyond the aspects and characteristics of Neorealist aesthetics by creating female profiles that broke with the most typical of the time. Female sexuality, women facing the difficulties of entering the job market, the authoritarian self-indulgence of men always taking precedence over female pleasure are some of the themes of her works. The novelist not only registered herself as an author who intellectually dialogued with the demands and agendas of feminist groups, but she also managed to make her novels circulate and spark some debates. The research presented here uses, for theoretical and critical support, Gayatri Spivak (2010), Antônio de Pádua Dias Silva (2011), Manuela Tavares (2011), Ana Bárbara Pedrosa (2022), Ana Flávia Oliveira, among others.||Este artigo é um estudo breve sobre três romances de Carmen de Figueiredo: Famintos (1950), Vinte anos de manicômio (1951) e Uma vida de mulher (1950). O intento é mostrar que a autora, a qual teve dois romances censurados pela PIDE, trazia em seus enredos questões relacionadas à sexualidade da mulher que dialogavam com a liberdade e igualdade de direitos almejadas nas lides feministas. Justificamos nossa escolha do corpus por acreditarmos que Carmen de Figueiredo ultrapassava os aspetos e caraterísticas da estética Neorrealista ao elaborar perfis femininos que rompiam com os mais típicos da época. A sexualidade feminina, a mulher frente às dificuldades de inserção no mercado de trabalho, o comodismo autoritário dos homens sobrepondo-se sempre ao prazer feminino são alguns dos temas de suas obras. A romancista não apenas se inscreveu como uma autora que dialogou intelectualmente com as reivindicações e pautas dos grupos feministas, como conseguiu, também, fazer seus romances circularem e suscitarem alguns debates. A pesquisa ora apresentada utiliza, para respaldo teórico e crítico, Gayatri Spivak (2010), Antônio de Pádua Dias Silva (2011), Manuela Tavares (2011), Ana Bárbara Pedrosa (2022), Ana Flávia Oliveira, dentre outros.
