Descrição
Este ensaio tem a finalidade de refletir sobre fenômenos culturais e etnológicos condizentes aos saberes e perspectivas ameríndios acerca do uso de substâncias enteogénicas, tangencialmente, da bebida ayahuasca, cujas matrizes repousam em contextos indigenistas, desde tempos pré-colombianos. Igualmente, visamos discorrer sobre o curandeirismo vegetalista em áreas rurais e urbanas fenômeno, onde verificamos técnicas de cura e feitiçaria coadunando-se ao catolicismo e ao esoterismo europeu em modalidades alusivas à reinterpretação mítica e ritualística do consumo de “plantas de poder”. Por fim, indicaremos como tais saberes são ressignificados à luz de modelos contemporâneos sul-americanos, permitindo-se ao diálogo entre médicos, psicólogos e xamãs voltados ao tratamento de sujeitos afetados por toxicomanias.Palavras-Chave: Ayahuasca. Xamanismo. Vegetalismo. Terapias.