Descrição
The universe of musical improvisation encompasses different procedures and tools to carry out creative music making in real time, treading the construction of melodic paths, as well as rhythmic and harmonic combinations in the act of performance, without the possibility of returning to the solution of possible edges. Freire and Andrés, both composers, flutists and improvisers, followed different paths within the scope of Brazilian Instrumental Music (MIB). Freire, inserted primarily in the tonal universe, produces music with a strong influence of Brazilian popular music, baião, frevo, choro, among other genres. Andrés, through nearly forty years of work with the Uakti Group and its new musical instruments, practices hybrid, tonalmodal improvisation, where the influence of Indian and minimalist music blends with Brazilian music and jazz. The analysis of transcriptions of improvisations by Freire and Andrés make it
possible to raise questions related to the musical context in which they were inserted, as well as the musical grammars they developed, in their trajectory as idiomatic improvisers. Due to the fact that both are composers, it is also observed how improvisation can influence
composition and, at the same time, how composition can influence the practice of improvisation.||O universo da improvisação musical engloba diferentes procedimentos e ferramentas para se realizar o fazer musical criativo em tempo real, trilhando a construção de caminhos melódicos, bem como combinações rítmicas e harmônicas no ato da performance, sem que haja a possibilidade de retorno para a solução de possíveis arestas. Léa Freire e Artur Andrés, ambos compositores, flautistas e improvisadores, trilharam caminhos distintos no âmbito da Música Instrumental Brasileira (MIB). Léa, inserida primordialmente no universo tonal, produz uma música com forte influência da música popular brasileira, do baião, do frevo e do choro, entre outros gêneros. Artur, através do trabalho de quase quarenta anos no Grupo Uakti e seus novos instrumentos musicais, pratica a improvisação hibrida, tonal-modal, onde a influência da música indiana e da música minimalista se mescla com a música brasileira e o jazz. A análise de transcrições de improvisos de Léa e Artur possibilita levantar questões relacionadas com o contexto musical em que se inseriram, bem como as gramáticas musicais que desenvolveram, na sua trajetória como improvisadores idiomáticos. Pelo fato de ambos serem compositores, observa-se também como a improvisação pode vir a influenciar na composição e, ao mesmo tempo, como a composição pode influenciar na prática da improvisação.