Descrição
Pós-graduação em Música - IA||O objetivo deste trabalho é levantar as questões relevantes para a reconstrução das partes perdidas pertencentes ao repertório pré tonal, com destaque ao período entre o final do renascimento e início do barroco, a chamada seconda prattica. Para isso, iniciamos com um levantamento teórico dos elementos musicais da prima e da seconda prattica. Como representante da seconda prattica ou maneirismo, escolhemos o compositor e príncipe italiano Don Carlo Gesualdo de Venosa. Estudando a obra deste compositor, verificamos que as duas práticas conviveram não apenas na mesma época, mas também em obras do mesmo autor. Gesualdo possui em sua obra seis livros de madrigais, um livro inteiro de motetos com partes pedidas, as Sacrae Cantiones a seis e sete vozes e outro também chamado de Sacrae Cantiones a cinco vozes, este completo, além das Responsoria, Psalmi della Compiete e o Miserere e o Benedictus. Seu uso de elementos da seconda prattica aumenta a cada livro de madrigais e é grande também nas Responsoriae. Mas suas Sacrae Cantiones mantém o tratamento musical da prima prattica. A título de ilustração reconstruímos um desses motetos, Da Pacem||The objective of the present work is to identify the relevant question on the issue of reconstruction of missing parts in the pre-tonal repertoire. A special emphasis will be given to the period between the end of Renaissance and the beginning of the Baroque, period known as “seconda prattica”. A theoretical identification of the musical elements of the prima and seconda prattica will be conducted. As a representative of the “seconda prattica” or maneirism the Italian composer and prince Don Carlo Gesualdo de Venosa was chosen. By analyzing his works, we can conclude that both practices coexisted not only at the same time but also in the works of the same author. Among Gesualdo works, we find six books of Madrigals, the Sacrae Cantiones a five voices (complete), the Sacrae Cantiones a six and seven voices, the Responsoria and Miserere and Benedictus. We observe that his use of “seconda prattica” becomes more pronounced at each subsequent book of madrigals and the practice is also widely used in the Responsoria. However, his Sacrae Cantiones are done using the style of “prima prattica”. As an exemle of the methods herein discussed, we rebuild one of his motets, Da Pacem
