Descrição
In an attempt to raise questions about silences in audiovisual media, this research considers the concept of diegetic silences as noises present in scenes with a fundamental role in narrative construction. We will begin this journey with an investigation of studies about silences. Based on definitions of the term and works by authors such as John Cage, we will address silences composed of noises, as the world – just like us – is full of them. Transferring this perception to the audiovisual universe, we will interpret this category through the lenses of Michel Chion and Claudia Gorbman's Sound-Image theories, which bring the idea that silence can be created in various ways. By relating the concepts presented with filmic examples, the text reinforces the idea that, while in the real world the sounds intrinsic to silences are already ready, in the audiovisual world silences are created through the manufacture of noises. These noises, which in the research encompass all sound effects, have different roles in the story. When designed specifically for the scene with narrative intent, they give rise to diegetic silences – silences within the diegesis. Therefore, we understand that diegetic silences, when interacting with other sound elements present in the track, such as music, create immersion in the story. The study proposes five categories of diegetic silences that connect to music in various ways to illustrate this interaction: silence as a character, silence as a musical element, silence as a narrative marker, hybrid silence, and silence creating electroacoustic music. Finally, to apply these definitions of diegetic silence in practice, the last chapter concludes with four studies and production details, all of which are intended as compositional tests in which diegetic silences interact with music at various levels.||Com a intenção de despertar alguns questionamentos sobre os silêncios no audiovisual, essa pesquisa pretende considerar o termo silêncios diegéticos como sendo os ruídos presentes nas cenas com papel fundamental para a construção narrativa. Iniciaremos essa jornada com uma investigação dos estudos sobre os silêncios. Desse modo, a partir das definições do termo e trabalhos de autores como John Cage, abordaremos os silêncios compostos por ruídos, pois o mundo – assim como nós – é repleto deles. Transferindo essa percepção para o universo audiovisual, essa categoria será interpretada aos olhos das teorias de Som-Imagem de Michel Chion e Claudia Gorbman que trazem a ideia de que o silêncio pode ser criado de diferentes modos. Ao relacionar os conceitos apresentados com exemplos fílmicos, o texto discorre reforçando a ideia de que, enquanto no mundo real as sonoridades intrínsecas aos silêncios já estão prontas, no audiovisual os silêncios são criados através da fabricação dos ruídos. Esses ruídos, que na pesquisa englobam todos os efeitos sonoros, possuem diferentes papéis na história e quando projetados especificamente para a cena com sentido narrativo dão origem aos silêncios diegéticos – silêncios presentes na diegese. Portanto, compreendemos que os silêncios diegéticos ao se comunicarem com os demais elementos sonoros presentes na trilha, como a música, criam a imersão na história. E para exemplificar essa investigação a pesquisa propõe cinco categorias de silêncios diegéticos que se relacionam de diversas maneiras com a trilha musical: silêncio como personagem, silêncio como elemento musical, silêncio como marcação narrativa, silêncio híbrido e silêncio criando música eletroacústica. Por fim, com a intenção de realizar testes composicionais em que os silêncios diegéticos interagem com a música em diferentes níveis, o capítulo final apresenta quatro estudos e detalhes de suas produções.||FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
